Teste genético para calvície

Você sabia que é possível descobrir qual a probabilidade de se tornar careca através de um teste genético para calvície?

Sabemos que a genética exerce um papel determinante no desenvolvimento da calvície e é sobre isso que vamos conversar no texto de hoje.

O papel da genética na calvície

Quando pensamos em calvície, logo vem à mente a herança genética. E, de fato, a hereditariedade pesa bastante.

No meu caso, por exemplo, a herança genética chegou a mim através do meu avô.

Não existe uma regra para todas as pessoas, mas, nos homens, a calvície geralmente surge na presença exacerbada da Di-hidrotestosterona, a famosa DHT.

Esse hormônio derivado da testosterona se liga aos cabelos, provocando o afinamento, enfraquecimento e queda dos fios.

Segundo pesquisadores, se o pai ou mãe tiverem calvície, há 50% de chance de o filho desenvolver a condição.

Se ambos os pais sofrem com o problema, a chance do filho desenvolver calvície sobe para 75%.

Como é feito o teste genético para calvície?

O teste é realizado nos EUA, em um laboratório certificado pela HairDX e funciona assim: uma amostra genética é colhida da mucosa da bochecha do paciente com um tipo de cotonete (SWAB) e enviada aos EUA.

O médico recebe sigilosamente o resultado, que fornecerá todas as informações genéticas do paciente.

É importante ressaltar que, mesmo se a probabilidade for alta, nem sempre os filhos herdam a calvície dos pais ou avós.

Por exemplo, eu luto contra a calvície desde a adolescência. Já o meu irmão nunca teve problemas com a queda de cabelo.

Portanto, é fundamental fazer o acompanhamento médico para monitorar suas taxas hormonais ou a presença de falhas no cabelo, ainda que elas não possam ser vistas a olho nu.

Existe cura ou tratamento

Muitas pessoas me perguntam se a calvície genética tem cura, mas esse tema ainda gera muitas controvérsias na comunidade científica, mesmo com todo o avanço na área.

Pesquisadores da Universidade de Edimburgo, no Reino Unido, revelaram no início de 2017 que há pelo menos 287 regiões do DNA que envolvem essa condição.

Para esse estudo, os pesquisadores selecionaram os dados genômicos de 52 mil homens.

Ainda não é possível analisar individualmente caso a caso, mas a calvície masculina tem maiores chances de acontecer pelo cromossomo X, que os homens herdam da mãe.

Como a Alopécia Androgenética é determinada pelo perfil genético, a tendência é que ela permaneça com a pessoa, mas transplantes e tratamentos podem minimizar, interromper e em alguns casos prevenir a perda dos cabelos.

O mais importante é identificar o problema, iniciar o tratamento e persistir para que os resultados sejam alcançados.

Tem quem prefira o tratamento medicamentoso e tratar o problema dessa forma também é possível, embora possam existir efeitos colaterais bem desagradáveis.

Antes de decidir qual é a melhor opção para você, procure um médico tricologista para lhe ajudar.

Entender o grau da sua calvície e as particularidades do seu organismo ajudará no sucesso do seu tratamento.

Ninguém da família é careca. Devo fazer o teste genético

Há um gene chamado AR por exemplo que fica perto do cromossomo X as alterações são curiosas.

Muitas pessoas são calvas sem que os pais tenham qualquer falha capilar.

Este fenômeno genético recebe o nome de penetrância incompleta.

Na prática, a pessoa tem os genes, mas não apresenta os sintomas.

Cerca de 77% de pessoas com essas alterações no gene AR não apresentam nenhum sinal de calvície.

Outra coisa que vale destacar é que mesmo que as condições genéticas sejam muito influentes nos casos de calvície, cada pessoa pode apresentar essa condição de forma diferente.

Muitos pacientes manifestam de forma precoce, a partir dos 17 anos, inclusive mulheres.

Mas saiba que, se for tratada precocemente, é possível recuperar grande parte dos seus cabelos.

Só não pode deixar o folículo morrer. Pois, se os folículos morrerem, já era!

Ainda não existe nenhum tratamento no mundo que seja capaz de recuperar um folículo que já morreu.

Nesses casos, a única solução viável é o transplante, e ainda assim, o sucesso do procedimento dependerá da existência de uma área doadora saudável.

O objetivo do teste genético para calvície é prevenir o problema, permitindo iniciar o tratamento precoce antes que a queda do cabelo se manifeste.

E aí, gostou de saber mais sobre o papel da genética no desenvolvimento da calvície? Espero que sim!

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Dr. Lucas Fustinoni

Ajuda pacientes em consultório a recuperarem a saúde, autoestima, bem-estar e qualidade de vida.